7 de ago. de 2011

UBUNTU

Recebi essa mensagem por email.

Acredito em que ela se encaixa plenamente no estado de coisas que estamos vivenciando.

Sinto que estamos adentrando numa época de mais reivindicações de direitos, dentro daquelas ideias que poderíamos chamar de universais. São mais que direitos de minorias, são direitos de vida, à vida, ao pleno viver em relações de equiparidade com os diversos grupos.


Somos iguais? Não. Mas somos. SOMOS.

E precisamos aprender a deixar o outro SER.

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A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Florianópolis (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.

Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva. 
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse “já!”, elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse “Já!”, instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.

Elas simplesmente responderam: “Ubuntu. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?”

Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade,essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?
Ubuntu significa: “Sou quem sou, porque somos todos nós!”

Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos…
 
UBUNTU PRA VOCÊ

Festival de Contadores de Histórias no CCBB

Olá a todos!


Quero compartilhar com vocês algumas imagens do Festival de Contadores de Histórias  do CCBB que aconteceu dias 23 e 24 de julho, com sessões para famílias e para adultos.

No dia 23, eu tive o prazer de compartilhar as história da série Mulher é outra coisa: três mitos cujas personagens centrais são mulheres que nõa são moleza, não!


Lilith, Iansã e Medéia. Três histórias que falam de amor, filhos, coragem, traição, violência, inveja, raiva, independência, e muitas outras coisas de mulher.


O encontro foi lindo repleto de homens e mulheres pensando juntos sobre o Ser mulher hoje, mas a partir dos mitos.

E eu não poderia deixar de dizer que foi muito gostoso voltar à casa onde morei por quase uma década: o CCBB. Reencontrar colegas e conhecer os novos. Foi uma responsabildade e tanto!

Dessas coisas que existem´por aí nesses mundos... azuis... de mulher.

Encontro com Educadores sobre ORALIDADE e PERFORMANCE

Caríssimos,

que tudo esteja muito bem com todos!
Quero convidá-los para dois Encontros com Educadores que acontecerão dias 13 e 20 de agosto, das 9h30 às 13h30, no auditório do Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, baseados na exposição África ancestral e contemporânea: as artes do Benin, que está sendo realizada no CMAHO até o dia  4 de setembro.
 

As informações detalhadas vão no texto abaixo ou podem ser obtidas pelo telefones descritos.

Os participantes receberão certificado.

As vagas são limitadas!!!

Afeto sempre.

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Prezado Educador,
A Educação contemporânea tem demandado de todos, diretores, coordenadores e professores, atenção a novos desafios que vão para além dos muros das escolas e da especificidade dos conteúdos curriculares.
As relações humanas e a tolerância entre diferentes grupos se apresenta como uma grande emergência, exigindo ações conjuntas de todos os atores sociais, incluindo a escola, constituindo-se como um importante tema a ser integrado às ações educativas.
Para tanto, tendo em vista a lei 10.639/03, que institui o ensino de História e Cultura Afro-brasileiras nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, oferecemos o Encontro com Educadores: dois eventos cujas atividades interdisciplinares serão baseadas em temas tradicionais da cultura africana, apresentados em uma perspectiva contemporânea e aliados ao ensino.
O Encontro I acontece dia 13 de agosto, sábado, das 9h30 às 13h30, com o tema ORALIDADE: os participantes experimentarão atividades em relação à Tradição Oral e os Mitos, construindo-se um modo coletivo de recontá-los, utilizando-se prioritariamente gestualidades e sonoridades corporais.  
O Encontro II acontece dia 20 de agosto, sábado, das 9h30 às 13h30, com o tema PERFORMANCE: os participantes passarão por experiências plásticas e corporais em torno do conceito africano de Máscara e Expressão Corporal, construídas em torno de características pessoais e coletivas.
 
Os dois encontros são baseados na exposição África ancestral e contemporânea: as artes do Benin, oferecendo ferramentas discursivas e pedagógicas que fomentem a discussão sobre as identidades e identificações decorrentes dos encontros e embates entre as culturas africanas, brasileiras e ocidentais, trazendo ao educador chaves para que ele adentre os mundos africanos através dos valores do afeto e da estética. 
Apresentar a África pelas suas representações simbólicas é ser fiel a seu espírito de harmonia cosmogônica. É como se a cada ação semelhante a essa, estivéssemos agindo ritualmente, rearranjando discursivamente as peças identificatórias e edificantes do Ser africano, reconfigurando um quadro até então borrado, apagado, ressignificando o próprio sentido de identificação afro-brasileira.
- Os participantes receberão um certificado por encontro.
- Serão oferecidas 40 vagas por encontro, mediante agendamento.
Agendamento: 11h às 18h de terça a sexta
Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica
Rua Luis de Camões, 68, Centro, Rio de Janeiro
Tel.: 21 2242-1012 – 2242-1213
 
               
Equipe:
Ministrante
Tatiana Henrique – Mestranda em Memória Social, Licenciada em Letras, Formada em Arte Dramática, Professora I da Rede Municipal. Atua como atriz, contadora de histórias e educadora em espaços formais e não-formais. Foi coordenadora pedagógica do CCBB Educativo RJ, e dos programas educativos da exposição Fernando Pessoa: plural como o universo, e espaços como Museu da Justiça. Representou o Brasil em eventos nos EUA: The art of storytelling (2006 e 2010), Miami Book Fair (2007) e PanAfrican BookFest (2008). É integrante do Grupo OKEARÔ de Teatro Independente, como atriz e pesquisadora de linguagens corporais afrobrasileiras e indianas.
Produção
Marcelo Ferreira Spohn – Licenciado em História pela UFSM-RS e Guia de Turismo Regional e Nacional pelo CIETH. É Coordenador Pedagógico da exposição África Ancestral e Contemporânea: As artes do Benin. Atua como professor do Centro de Atualização da Mulher – CAM, no Colégio Notre Dame de Ipanema, e consultor pedagógico para empresas de turismo, museus e escolas, no desenvolvimento de roteiros histórico-culturais. Como Arte Educador do CCBB Educativo RJ, organizou e ministrou Encontro de Educadores entre 2006 e 2008.

15 de jun. de 2011

O Serão da Grande Lua - TEAR


                                                                                                                                                          
Gente que tece,

Recebi um convite lindo das queridas Ana Paula Lisboa, Denise Mendonça e Eliza Moreno, do TEAR e compartilho com vocês: nessa sexta vai acontecer O Serão da Grande Lua e reparto a ideia e os sentimentos do encontro, segundo as palavras das meninas:

"Um sarau que reúne contadores de histórias e amantes da literatura para comungarmos da Palavra Encantadora como um alimento para a alma.

O Serão da Grande Lua Junina celebra o solstício de inverno e terá como tema inspirador A Roda do Milho - tecido por histórias e poesias que desvelem sentidos de renascimento, prosperidade e ritos de passagem.

Sua programação inclui:

1. Abertura
Narração do conto Comprador de Sonhos por Eliza Moreno e Ana Paula Lisboa
2. Sessões de Contação de Histórias: convidados especiais
3. Danças circulares
4. Mandala do milho: broa e bolo de milho, canjica, pipoca, pamolha, milho cozido."


Pra visitar o espaço, eis os fios - ou  os grãos: 
Tear: R. Pereira Nunes, 138 – Tijuca
Tel: 2238-4927 /3238-3690

E lá vou eu, contar "Como nasceram as estrelas", do grupo Bororo. É muito gostoso!

Afeto sempre.

Semana Literária - Escola Parque




Já aconteceu também, mas posto aqui: a Semana Literária na Escola Parque, nas suas duas unidades Barra e Gávea.








Compartilhei com eles As mil e uma noites (o conto central, sobre Sherazade e Shariar), Ganesha, Isis e Osíris e Eros e Psiquê.

 Foi uma volta ao mundo antigo em quatro contos dos quais gosto demaaaaais!!!

 


E no final as meninas quiseram bindi no Ajna com o pigmento vermelho indiano.

  



Por aqui estão algumas imagens pra vocês, feitas pela equipe da escola.













Se quiserem acessar o link, é esse aqui: Semana Literária










Afeto sempre!

Visões de Emília

Já aconteceu, mas registro aqui: o projeto Visões de Emília, em Duque de Caxias, de 24 de fevereiro a 18 de março de 2011.

O educador Leonardo Luz e eu visitamos 20 escolas, em áreas variadas, desde as mais próximas aos centros urbanos às mais rurais, em uma projeto que falava sobre tradição oral, literatura e ilustração.

A cada escola, levamos o acervo Visões de Emília, propriedade do Centro Cultural Banco do Brasil, com sete ilustrações de artistas como Roger Mello, Ângela Lago, Rui de Oliveira, entre outros, cuja personagem principal é Emília, a boneca andante e falante criada por Monteiro Lobato.

E, é aquilo pessoal: se os grupos são reflexo dos indivíduos que o compõem, a escola não foge disso!

Cada uma tem o seu jeitinho, sua energia.


Visões de emília



Digo isso muito mais por pensar na distância entre o que se afirma ou se diz que se tem de fazer no papel e as realidades. Não adianta pensar que escola é caixa e que tudo que couber em uma vai caber em outra, porque não é assim, mesmo!

E ainda bem!

Daí é que vimos uma beleza de vidas diferentes. E não poderia ser de outro jeito: o projeto mexia com cultura popular, histórias e lendas, tudo a partir das visões de Lobato e dos ilustradores.

Mas o mais rico, sem dúvida, foi a visão das crianças em cima daquilo tudo: lobisomens, mula, sereias, não são historinhas, mas parte da formação deles. Ou seja: um imaginário riquíssimo, com abertura pra se fazer muita coisa!

Agora chega de falar e vamos mostrar um pouco. Quem quiser acessar links com o registro do projeto em mídia eletrônica, é só clicar aí embaixo.

Logo depois algumas imagens.

Afeto sempre.



Da falta da memória por conta da Memória!

Caríssimos!

A vida é uma esteira rolante pra todo mundo, não é mesmo? Pois é...

Tenho estado bem longe do blog por conta do Mestrado em Memória Social. Olha que paradoxo: a
Memória que não me deixa registrar memória.

Pra compartilhar um pouco sobre o curso: estou imbuída em um projeto que vai falar sobre Teatro e Mitologia iorubá. Vai ficar bem gostoso, não acha, não?

À medida dos acontecimentos vou postando aqui, e quando a dissertação estiver pronta, coloco online também.

Ora se eu não vou lançar mais esses fios na rede!

Pra conhecer mais... Curriculum

http://mundoazulth.blogspot.com.br/2012/10/curriculum_3.html